08 fevereiro 2008

Sábado de Carnaval

Tenho a solidão como minha convidada invisível
E ela é toda silêncio e espaço e tempo
Enquanto o resto do mundo explode lá fora
Num exagero de danças, músicas, brigas e beijos
(Me cansam os excessos - logo hoje que eu acordei assim, minimalista)
Aqui é tão quieto que cigarras imaginárias cantam dentro de meus pensamentos
Nesse fim de tarde feito sob encomenda para cochilos de gatos

Vou me permitir pequenas indulgências:
Banho de uma hora
(Vapor, sabonete de bebê, meu corpo todo meu)
Colher de sorvete na boca, direto do pote
Extras de DVDs
Meus quatro travesseiros
E as almofadas do sofá fazendo meu trono
Eu, rainha de mim
Sozinha, porque me convém
Só minha, como sempre deveria ser