18 maio 2006

Xeque-Mate

A mão que te chama é a mesma que quer te empurrar
A boca que te beija é a mesma que cala a ofensa
É tudo desejo, tudo nasce no mesmo lugar
Mas, pondero, nem tudo que satisfaz compensa.
Está chegando o dia em que esse jogo vai virar
Minha espera vai cansar da sua indiferença
E quem estiver por perto vai poder presenciar
O espetáculo de um grande amor se transformar em mágoa imensa.
De tanto me ver, sem nunca no entanto me olhar
Talvez, no início, você nem note a diferença
Nesse caso, terei prazer em te informar
Que, por tudo o que você me fez passar,
Estou te dando a traição como recompensa.