08 fevereiro 2008

Sábado de Carnaval

Tenho a solidão como minha convidada invisível
E ela é toda silêncio e espaço e tempo
Enquanto o resto do mundo explode lá fora
Num exagero de danças, músicas, brigas e beijos
(Me cansam os excessos - logo hoje que eu acordei assim, minimalista)
Aqui é tão quieto que cigarras imaginárias cantam dentro de meus pensamentos
Nesse fim de tarde feito sob encomenda para cochilos de gatos

Vou me permitir pequenas indulgências:
Banho de uma hora
(Vapor, sabonete de bebê, meu corpo todo meu)
Colher de sorvete na boca, direto do pote
Extras de DVDs
Meus quatro travesseiros
E as almofadas do sofá fazendo meu trono
Eu, rainha de mim
Sozinha, porque me convém
Só minha, como sempre deveria ser

6 Comentários:

Blogger Cristian disse...

hehehe! Essas indulgências me lembraram 2 carinhas, refestelados em meio à "fês" e "bús" no sofá da vovó assistindo um devedêzinho... até que um deles se canse daquilo tudo e se pique pra onde está a folia, depois do almoço!

24/2/08 14:16  
Anonymous Anônimo disse...

Sabe quando a gente gosta tanto de uma música e pensa "qria ter feito isso"...
É assim que me sinto em relação às coisas que vc escreve....
Gosto muito mesmo!
Parabéns, Bah!!!
=)

29/2/08 19:52  
Blogger Milena Palladino disse...

Oi, vc não me conhece mas eu conheço vc através do que escreve.
Fiz uma poesia inspirada na sua "Canceriana" e postei, coloquei seu crédito lá. Se quiser da uma olhada...
Bjo

11/3/08 10:39  
Blogger Tê Barretto disse...

Lindo. Mas pra "sempre" é muito...

31/3/08 22:15  
Anonymous Anônimo disse...

incrível o carinho com as palavras.
me identifiquei com os quatro travesseiros, nada mais companheiro da solidão do que eles!

10/6/08 08:53  
Blogger Unknown disse...

eesa e minha cara.
me sinto assim so.

2/7/08 15:08  

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