Medo de Avião
Ela morria de medo de avião. Medo não. Pavor. Pânico. Só de pensar na possibilidade de estar dentro de um avião, ela sentia um mal estar. Era uma menina inteligente. Sabia que as estatísticas comprovam que os riscos de um acidente aéreo são mínimos. Mas seu medo não obedecia a nenhum critério racional. Era um disparar do coração, um frio na barriga e uma falta de ar que não cediam a nenhum argumento.
Então, ela conheceu um menino. Eles passearam de mãos dadas pela praia. Viram as estrelas refletidas na água do mar. Criaram apelidos um para o outro. Inventaram 576 formas diferentes de beijar, e se apaixonaram. Um frame qualquer dessa noite seria a melhor tradução que a palavra "idílio" jamais encontrou.
Mas o menino morava em outra cidade, longe, muito longe de onde ela morava, e depois de alguns dias ele precisou voltar para casa. Eles se despediram entre lágrimas e planos de tapear a saudade por telefone e telepatia, e prometeram que se reencontrariam assim que pudessem.
Quando coincidiu de as contas de telefone atingirem a estratosfera por causa dos interurbanos e ela começar a sentir uma dor física de tanta falta que sentia dele, ela decidiu que precisava vê-lo. Então ela comprou suas passagens de avião (infelizmente, não só a de ida), sem nem lembrar de sentir medo. Ela iria, mesmo que fosse de teco-teco, mesmo que fosse dentro do compartimento de bagagens, mesmo que fosse amarrada a uma das asas. Porque o seu amor era um disparar do coração, um frio na barriga e uma falta de ar que não cediam a nenhum medo.
Então, ela conheceu um menino. Eles passearam de mãos dadas pela praia. Viram as estrelas refletidas na água do mar. Criaram apelidos um para o outro. Inventaram 576 formas diferentes de beijar, e se apaixonaram. Um frame qualquer dessa noite seria a melhor tradução que a palavra "idílio" jamais encontrou.
Mas o menino morava em outra cidade, longe, muito longe de onde ela morava, e depois de alguns dias ele precisou voltar para casa. Eles se despediram entre lágrimas e planos de tapear a saudade por telefone e telepatia, e prometeram que se reencontrariam assim que pudessem.
Quando coincidiu de as contas de telefone atingirem a estratosfera por causa dos interurbanos e ela começar a sentir uma dor física de tanta falta que sentia dele, ela decidiu que precisava vê-lo. Então ela comprou suas passagens de avião (infelizmente, não só a de ida), sem nem lembrar de sentir medo. Ela iria, mesmo que fosse de teco-teco, mesmo que fosse dentro do compartimento de bagagens, mesmo que fosse amarrada a uma das asas. Porque o seu amor era um disparar do coração, um frio na barriga e uma falta de ar que não cediam a nenhum medo.
2 Comentários:
êita que cada dia é um estilo diferente! é poema, é conto, é crônica... toda versátil a minha pili! Um beijo!
haha
concordo com cristian
papulé super versátil
esse texto é meio você, né?
:*
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