Segunda-Feira
Antes mesmo de despertar, percebeu que não havia mais amor.
A revelação saiu das mesmas cavernas de onde vem os sonhos que se perdem da lembrança. Naquele primeiro minuto – olhos ainda fechados, pernas e braços feitos algodão pelo sono - todas as peças se juntaram em sua cabeça com a clareza das verdades absolutas.
O amor acabou.
Claro como a luz do sol entrando pela janela.
O amor acabou.
Claro como a segunda-feira que se anunciava no som do trânsito que vinha da rua.
Teve medo de abrir os olhos e tornar ainda mais real o que seu coração já sabia ser evidente. Pediu com toda a força que o calendário voltasse para o tempo em que o amor cobria todo o cotidiano com um véu de doçura e cada momento guardava em si a expectativa de uma felicidade nunca antes experimentada. Mas tudo aquilo que na noite anterior fora tão certo e tão seu agora parecia pertencer a outra vida, outra era, outra pessoa diferente daquela que acordava.
O amor acabou.
A semana e todo o resto de seus anos apenas começavam, e o amor havia morrido. Um raio de sol se derramou por seu rosto, o despertador tocou com urgência e o último vestígio de sono abandonou seu corpo. Levantou-se da cama sem saber se reaprenderia a caminhar sem o amor para dar rumo a seus passos e se voltaria a ser feliz agora que havia perdido a chave dos seus sorrisos.
O amor havia acabado.
A vida, implacável, exigia continuar.
A revelação saiu das mesmas cavernas de onde vem os sonhos que se perdem da lembrança. Naquele primeiro minuto – olhos ainda fechados, pernas e braços feitos algodão pelo sono - todas as peças se juntaram em sua cabeça com a clareza das verdades absolutas.
O amor acabou.
Claro como a luz do sol entrando pela janela.
O amor acabou.
Claro como a segunda-feira que se anunciava no som do trânsito que vinha da rua.
Teve medo de abrir os olhos e tornar ainda mais real o que seu coração já sabia ser evidente. Pediu com toda a força que o calendário voltasse para o tempo em que o amor cobria todo o cotidiano com um véu de doçura e cada momento guardava em si a expectativa de uma felicidade nunca antes experimentada. Mas tudo aquilo que na noite anterior fora tão certo e tão seu agora parecia pertencer a outra vida, outra era, outra pessoa diferente daquela que acordava.
O amor acabou.
A semana e todo o resto de seus anos apenas começavam, e o amor havia morrido. Um raio de sol se derramou por seu rosto, o despertador tocou com urgência e o último vestígio de sono abandonou seu corpo. Levantou-se da cama sem saber se reaprenderia a caminhar sem o amor para dar rumo a seus passos e se voltaria a ser feliz agora que havia perdido a chave dos seus sorrisos.
O amor havia acabado.
A vida, implacável, exigia continuar.
3 Comentários:
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão...
Amor acabado, se for bem matado, vira adubo para outro, muito melhor. Degole esse com vontade, deixe o sangue escorrer até a última gota, esteja certo de que não sobrou nada. Depois lave as mãos, enxugue as lágrimas e espero tudo começar de novo, até as lágrimas.
Êita que força! Tá vendo só?! É bem desse jeito mesmo! Uma beija!
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